Diálogo entre o Padre Imperius e o Capitão Navarre
(legendas em português)
O Feitiço de Áquila é talvez a referência mais interessante para AKITAN dentre toda uma geração de bons filmes de fantasia dos anos 80, exceto pela sua trilha sonora (piores momentos aos 25s e 55s).
Pelo menos três pontos valem a pena ser destacados aqui:
Cenário low fantasy com ligeira licença poética para o figurino
Toda a atmosfera do filme remete a uma versão da Alta Idade Média franco-latina. Desde os nomes dos personagens (Etienne de Navarre, Isabeau d'Anjou, Phillipe Gaston "O Rato") até as locações (boa parte das cenas externas foram gravadas na região dos alpes franceses e italianos). O toque fantástico fica por conta da maldição e... do figurino. Para o bem e para o mal!
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Gibão de Couro com mono-ombreira - OK |
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Bolsa de pano do Pe. Imperius - OK |
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Elmo "robocop" - NÃO |
Personagens arquetípicos
Um cavaleiro negro, um ladino vestido de padre (que age como se falasse com Deus), uma donzela, um padre bêbado. Personagens com uma característica forte e um conflito bem definido, simples e dinâmico. É isso o que estamos querendo. Fácil de reconhecer e de interagir.
O detalhe que faz a diferença
Gaston observa que a espada de Navarre tem várias jóias incrustadas, mas há um sulco vazio na empunhadura. Ele rapidamente se justifica dizendo que não roubou a jóia. Navarre diz que, na verdade, é ele próprio quem deve preencher aquilo. Each generation is called upon to follow its own quest [Cada geração deve seguir sua própria busca]. Uma frase e uma peça solta na espada é o necessário para termos a noção exata do propósito do personagem. Um detalhe significativo economiza mil palavras.