O que é um LARP?

Um morango e uma banana num duelo de boffering

Larp já foi sigla, L.A.R.P., Live Action Role-Playing Game, já dizia o Luiz Falcão.

Nessa definição, indica uma modalidade de RPG na qual os Jogadores interpretam fisicamente seus Personagens. Eles se vestem, conversam, fazem suas refeições e atuam como seus Personagens a maior parte do tempo, mas em geral, continuam regidos por um "sistema de regras".

Nos Estados Unidos e em muitos países da Europa, o LARP em maiúscula, com ou sem pontos, está muito associado a jogos com temática medieval que ocorrem normalmente ao ar livre, em espaços públicos, sítios ou campings, cujo ponto alto são batalhas entre jogadores de facções opostas utilizando armas feitas de espuma. No Brasil, o termo Live-Action foi mais popular nos anos 1990, designando principalmente jogos derivados dos títulos da editora White Wolf.

De lá pra cá, o L.A.R.P. virou larp, passou de sigla a acrônimo, em minúsculas; substantivo próprio e autônomo que se refere a uma tradição que não é mais a do RPG norte-americano, mas o dos suecos, finlandeses, noruegueses, dinamarqueses, e afins; jogos voltados para temas do cotidiano e a exploração de sentimentos e emoções mais do que disputas e intrigas. Ao invés de intrincados sistemas de regras, eles exploram meta-técnicas propriamente cênicas e tem avançado muito na compreensão e proposição do potencial artístico do larp como forma de expressão cultural.

De lá pra cá mudaram também os RPGs, que em muitos casos deixaram de lado o antigo "espírito de sistema" e se aventuraram a criar regras que de fato servissem à construção da narrativa. Fim de uma era de RPGs feitos por engenheiros.... Ou não. Os antigos gêneros não morreram. Eles continuam existindo neste cenário de diversificação e especialização, mas perderam sua hegemonia. Agora, com mais frequência do que antes, o boffer galhofa divide espaço com um boffer épico e sério, o RPG tático com o literário, o larp com o live-action.

Entre o L.A.R.P. e o larp

Enquanto plataforma ou "filosofia" de larp, AKITAN reluta em abandonar os "pontos". Seja porque o RPG mudou e a sintonia para com ele é maior agora do que já foi no passado, seja porque os temas clássicos da literatura épica de fantasia ainda esperam uma oportunidade para vestir a "nova linguagem". O fato é que há muito o que aproveitar da diversidade atual.

Ao contrário da maioria dos larps medievais no Brasil e no exterior, e seguindo a tradição dos eventos anteriores em Viçosa, este não é um "live-action de contato", mas uma atividade de simulação e vivência. Uma mistura acampamento, caminhada de aventura e simulação histórica semelhante àquelas "feiras medievais" que vemos por aí (guardadas as devidas proporções orçamentarias e logísticas). Seus participantes estão ali para se vestir, comer, falar, caminhar e agir como alguém de uma outra época. Um prazer incomum e às vezes esquecido em meio às rolagens de dados.

Caracterização verossímil
Combates cenográficos
Vivência